Resgatando o Passado | Recriação em 3D do Genoma de Mamute através de Pele Desidratada
- neo Thiago
- 18 de jul. de 2024
- 2 min de leitura
Descobertas Revelam Detalhes Preciosos da Vida de Mamutes Extintos
(Foto: Divulgação)
No mundo da ciência, uma descoberta fascinante está redefinindo nossa compreensão dos mamutes lanosos, os antigos gigantes da Era do Gelo. Graças a um pedaço de pele desidratada de um mamute, pesquisadores conseguiram recriar em 3D os cromossomos de um espécime de 52 mil anos, revelando detalhes sobre quais genes estavam ativos na época em que esses animais caminhavam pela Terra.
O achado ocorreu na Sibéria, onde o clima frio extremo permitiu a conservação notável da pele do mamute por milênios. "Encontrar uma amostra de DNA em um estado tão bom de conservação é algo bastante difícil", comentou um dos cientistas envolvidos no estudo, destacando a raridade e importância da descoberta.
Responsável pela análise, o Centro Nacional de Análise Genômica da Espanha (CNAG) utilizou técnicas avançadas para estudar o DNA extraído da orelha do mamute. "Pela primeira vez, temos um tecido de mamute lanoso para o qual sabemos aproximadamente quais genes foram ligados e quais genes foram desligados", explicou Marc A Marti-Renom, autor do estudo.
A recriação do genoma em 3D foi possível graças ao uso da técnica Hi-C, permitindo aos pesquisadores montar os cromossomos do mamute e revelar que o animal possuía 28 cromossomos, o mesmo número encontrado nos elefantes asiáticos. Este avanço representa não apenas um marco na paleogenômica, mas também abre novas perspectivas para a pesquisa sobre espécies extintas.
"Este é um novo tipo extraordinário de dados, e é a primeira medida da atividade genética específica da célula dos genes em qualquer amostra de DNA antigo", afirmou o autor, destacando a importância histórica e científica do material genético obtido.
Embora a possibilidade de desextinção ainda seja um campo especulativo, a recriação do genoma em 3D já é vista como um avanço significativo. Este estudo não só nos ajuda a compreender melhor o passado distante, mas também lança luz sobre o potencial para explorar mais profundamente a biologia e a evolução das espécies que habitaram nosso planeta há milênios.
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