Estudo inovador analisa milhões de registros e aponta para 144 espécies de pássaros que podem ainda existir, destacando a importância de sua busca e proteção
(Foto: Divulgação)
Recentemente, cientistas divulgaram uma lista com 144 espécies de aves que são consideradas “perdidas” no mundo, embora ainda possam existir. Esta reveladora descoberta é fruto de um estudo abrangente que analisou dezenas de milhões de fotos, vídeos e gravações de áudio em bancos de dados dedicados à observação de pássaros.
“São considerados ‘pássaros perdidos’ aqueles que não são documentados por evidências fotográficas, de áudio ou genéticas em pelo menos uma década.” O principal objetivo desta nova lista é incentivar os observadores de aves a buscar essas espécies, na tentativa de confirmar se elas ainda estão vivas e, assim, contribuir para sua proteção.
Os pesquisadores responsáveis pelo levantamento destacam a importância de documentar as aves para desenvolver estratégias de conservação eficazes. Desde a redescoberta de uma ave na Colômbia em 2022, por exemplo, os cientistas têm se dedicado a estudar as necessidades de habitat e a biologia da espécie. Esse esforço resultou na identificação de cinco pequenas populações de pássaros, totalizando cerca de 50 indivíduos, localizadas em um pequeno vale colombiano.
Entre as recentes descobertas, destaca-se o pombo-faisão-de-nuca-preta, uma ave do tamanho de uma galinha que foi localizada em uma região remota de Papua Nova Guiné em 2022, após não ter sido documentada por 126 anos. A redescoberta de espécies como essas é crucial para a conservação, uma vez que muitas podem estar em locais remotos e de difícil acesso.
Desde a divulgação da lista, mais de uma dúzia de espécies foram localizadas. A primeira redescoberta significativa foi do mussau triller, um pequeno pássaro com cauda longa e asas longas, fotografado em Papua Nova Guiné por um guia turístico em junho deste ano.
Atualmente, três espécies na América do Norte são consideradas perdidas, sendo a mais conhecida o pica-pau-de-bico-de-marfim, cujo último avistamento registrado ocorreu em 1944. As outras duas espécies na região são o maçarico esquimó e a toutinegra de Bachman.
A busca e a documentação dessas aves são passos essenciais para garantir que elas não sejam perdidas para sempre. O esforço contínuo dos observadores e cientistas é vital para a proteção e preservação das espécies ameaçadas, contribuindo para um futuro mais equilibrado e sustentável para a biodiversidade global.
Veja Também: Filmes e Séries | Lançamentos da semana