Como cidadãos comuns desvendam enigmas e mistérios que desafiaram especialistas por décadas
(Foto: Divulgação)
A história da humanidade está repleta de mistérios que desafiam a lógica e a ciência, permanecendo sem solução por anos – às vezes séculos. No entanto, algumas dessas histórias ganham reviravoltas inesperadas quando pessoas comuns, movidas pela curiosidade e determinação, conseguem desvendá-las.
De genealogistas amadores a professores aposentados, veja como quatro cidadãos comuns solucionaram casos que intrigaram gerações.
1. O Reddit contra o Assassino do Golden State
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"Entre as décadas de 1970 e 1980, um mistério cercou as mortes provocadas pelo chamado Assassino do Golden State, na Califórnia." Durante anos, as investigações não avançaram, e a identidade do serial killer, que tirou 13 vidas e cometeu dezenas de estupros, permaneceu um enigma.
Em 2018, a polícia inovou ao utilizar um banco de dados genealógico público para cruzar informações de DNA. Nesse momento, um usuário do Reddit entrou em cena. Ele analisou os dados publicamente disponíveis e, com a ajuda de outros usuários, conseguiu rastrear conexões familiares e reduzir a lista de suspeitos. O resultado? A identidade do assassino foi revelada: Joseph James DeAngelo, um ex-policial.
2. Um professor no caso do Zodíaco
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Poucos mistérios criminais têm tanto apelo quanto o do Assassino do Zodíaco, famoso por seus criptogramas e mensagens enviadas à polícia e à mídia. Apesar de décadas de investigação, sua identidade permanece oficialmente desconhecida.
No entanto, em 2021, um grupo de detetives amadores liderado pelo professor de arte aposentado Thomas Colbert alegou ter encontrado o responsável: Gary Francis Poste, um veterano da Força Aérea. "Embora haja até hoje controvérsias quanto a esse nome, a investigação chamou a atenção por conta da quantidade de pistas compiladas."
Colbert revisitou relatórios policiais antigos, conduziu entrevistas com testemunhas e utilizou métodos forenses modernos para construir sua teoria. Embora o caso ainda não tenha uma conclusão definitiva, os esforços do grupo mostraram como a curiosidade pode gerar avanços significativos em investigações históricas.
3. O fotógrafo e o Homem de Somerton
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O caso do Homem de Somerton intrigava a Austrália desde 1948, quando o corpo de um homem não identificado foi encontrado em uma praia, com um bilhete codificado no bolso. Apesar de décadas de especulação, sua identidade permaneceu um mistério – até que, em 2018, o fotógrafo australiano David Fletcher entrou em cena.
Enquanto pesquisava naufrágios antigos, Fletcher encontrou uma pista que conectava o Homem de Somerton a Carl Webb, um engenheiro elétrico desaparecido na mesma época. "Essa descoberta motivou uma nova investigação que fez com que testes de DNA confirmassem que o Homem de Somerton era realmente Carl Webb."
O caso, arquivado por 70 anos, foi finalmente resolvido graças à curiosidade de Fletcher, mostrando como uma descoberta aparentemente casual pode mudar a história.
4. A professora que decifrou o canto das baleias
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Na década de 1960, cientistas ficaram intrigados com os sons emitidos pelas baleias jubarte, mas não conseguiam entender seu propósito. Foi aí que entrou em cena Katy Payne, uma professora de música aposentada que visitou o Laboratório de Ornitologia da Universidade Cornell em 1967.
"Payne percebeu que as baleias cantam em padrões repetitivos, da mesma forma que acontece com os pássaros quando querem se comunicar." Sua sensibilidade musical permitiu identificar a estrutura das canções, algo que os biólogos haviam ignorado.
Essa descoberta revolucionou os estudos sobre a comunicação das baleias e transformou Katy Payne em uma figura de destaque na biologia marinha, mesmo sem formação acadêmica na área.
Mistérios e o poder da curiosidade
Essas histórias provam que, com dedicação e criatividade, pessoas comuns podem superar barreiras e solucionar enigmas que desafiaram especialistas por gerações. Afinal, como mostram esses casos, às vezes tudo o que você precisa é de um olhar curioso e uma mente aberta para o inesperado.