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Entenda o “brain rot” e seu impacto na vida digital dos brasileiros

Brasil lidera entre os países que mais usam redes sociais 9h13min diários online


Brasil lidera entre os países que mais usam redes sociais 9h13min diários online
brain rot

(Foto: Divulgação)


No cenário digital global, o Brasil se destaca como o segundo país onde as pessoas passam mais tempo conectadas. Conforme o Relatório Digital 2024: 5 Billion Social Media Users, são, em média, 9h13min diários por pessoa, ficando atrás apenas da África do Sul, com 9h44min. Contudo, esse longo período em frente às telas traz consequências preocupantes para a saúde mental e cognitiva, como o fenômeno conhecido como "brain rot".


Eleita a palavra do ano de 2024 pelo Dicionário Oxford, "brain rot", ou "apodrecimento do cérebro", é um termo que define a deterioração cognitiva causada pelo consumo excessivo de conteúdos digitais de baixo valor. Segundo a especialista em Psicopedagogia e Saúde Mental, Eyla Cavalcante, essa condição reflete o impacto negativo da busca constante por estímulos digitais que, muitas vezes, carecem de relevância.


“Existe uma paralisação, uma falta de engajamento social da própria pessoa devido ao vício, devido a essa compulsão pelo digital", explica Eyla.


Brasil lidera entre os países que mais usam redes sociais 9h13min diários online
brain rot

(Foto: Divulgação)


De acordo com Eyla, essa compulsão está intimamente ligada ao estímulo da dopamina — um neurotransmissor associado à sensação de prazer. "Esse apodrecimento é causado justamente pelo tempo que as pessoas passam rolando a tela e procurando conteúdos que atraiam, estimulem ou ativem o estado de alerta", complementa.


O "brain rot" impacta funções executivas do cérebro, como planejamento, organização e autocontrole, prejudicando até as atividades mais simples do dia a dia.


O uso excessivo de dispositivos digitais também está transformando o ambiente escolar. Alunos demonstram maior dificuldade em se concentrar em aulas ou desenvolver pensamento crítico. “No contexto educacional, o ‘brain rot’ interfere na aprendizagem. O interesse fica sendo repetitivo e abordado de forma rasa”, destaca a psicóloga clínica Daniele Furlani.


Para reverter esse quadro, Daniele sugere metodologias ativas, como o uso de ferramentas interativas — quizzes e jogos digitais, por exemplo — para estimular o aprendizado. Além disso, reforça a importância de práticas tradicionais, como a leitura de clássicos literários, para desenvolver o pensamento crítico.


Brasil lidera entre os países que mais usam redes sociais 9h13min diários online
brain rot

(Foto: Divulgação)


Prevenir o "brain rot" exige mudanças no comportamento digital, como limitar o tempo de tela e buscar apoio profissional, quando necessário. Entre as sugestões estão:

  • Definir períodos diários específicos para uso das redes sociais;

  • Preencher o feed com conteúdos positivos e educacionais;

  • Praticar o "detox digital" ao menos 3 horas antes de dormir;

  • Substituir tempo nas telas por hobbies, exercícios e leitura;

  • Procurar ajuda psicológica para lidar com a ansiedade e compulsões.


Além dos limites impostos às telas, a educação socioemocional é apontada como uma solução de longo prazo. Daniele ressalta que essa abordagem ajuda a enfrentar os desafios da fase atual de vida, como conflitos familiares ou questões de identidade.


“O ‘brain rot’ distancia o indivíduo das questões associadas à fase que ele está vivendo. Com educação socioemocional, promovemos maior consciência sobre essas questões”, finaliza.


No Brasil, onde "ansiedade" foi escolhida como a palavra do ano, é crucial reconsiderar como o consumo digital impacta não apenas nossa saúde mental, mas também nossas relações, aprendizado e qualidade de vida.



 

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