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Apagando Memórias | Um Avanço Científico na Referência de Lembranças Traumáticas

Foto do escritor: Redação neonewsRedação neonews

Pesquisadores exploram as memórias e como o sono pode ser uma chave para amenizar experiências negativas no cérebro


Memórias
Memórias

(Foto: Divulgação)


De fato, as memórias não se resumem a simples registros de acontecimentos. Elas podem carregar impactos emocionais intensos, influenciando nossa forma de viver, agir e reagir. Muitas vezes, as lembranças vão além do desconforto, causando traumas que afetam o psicológico e até mesmo a vida social de quem as carrega.


Entretanto, a capacidade do cérebro de armazenar memórias – sejam boas ou ruínas – é essencial para a nossa sobrevivência. Como exemplo, quem já foi picado por um inseto em seu sorvete provavelmente funcionará melhor na próxima sobremesa antes de dar uma mordida. Agora, imagine se fossem possíveis substituir essas memórias perturbadoras por recordações mais positivas? Um estudo recente da Universidade de Hong Kong está investigando justamente isso.


Como as memórias se formam e moldam quem somos


O processo de formação das memórias é complexo e fascinante, mas ainda é um mistério em vários aspectos. Para a neurociência, as memórias são moldadas por experiências que provocam emoções intensas ou imagens marcantes. Essas características ajudam a explicar porque eventos emocionais, como o nervosismo antes de uma prova importante, são mais facilmente lembrados do que aulas rotineiras e pouco envolventes.


Memórias
Memórias

(Foto: Divulgação)


De forma geral, a formação de memórias pode ser dividida em três etapas principais:


  1. Experiência – O registro de tudo o que vivenciamos diariamente, sejam momentos positivos ou negativos.

  2. Consolidação – Durante o sono, o cérebro revisita e reforça as experiências que julga úteis, transferindo-as para a memória de longo prazo.

  3. Recuperação – É o ato de registrar uma memória, seja de forma espontânea ou por um estímulo externo, como um cheiro ou uma música.


O estudo realizado pelos pesquisadores de Hong Kong foca na segunda etapa, a consolidação, para testar se é possível alterar memórias negativas durante o sono, alterando-as por lembranças menos impactantes.


Substituir para esquecer: o experimento com memórias negativas


O estudo contou com 37 participantes, divididos entre 25 mulheres e 12 homens, que foram expostas a imagens associadas a sentimentos negativos. Essas imagens foram pareadas com palavras específicas, formando 48 cópias. Após algumas apresentações às associações durante a noite, os participantes dormiram no laboratório enquanto seus cérebros eram monitorados por eletrodos.


Durante o sono não REM, as palavras ligadas às imagens perturbadoras foram reproduzidas para fortalecer as memórias. Em uma segunda etapa do experimento, metade dessas imagens foi deixada por cenas mais competitivas, mantendo as mesmas palavras associadas. Nas noites seguintes, os pesquisadores perceberam alterações nas ondas superficiais, principalmente que as palavras revelaram a evocar lembranças mais positivas.


Funcionamento das memórias
Funcionamento das memórias

(Foto: Divulgação)


Esse avanço sugere que memórias ruínas podem ser, pelo menos parcialmente, reconfiguradas por estímulos positivos. Contudo, os pesquisadores alertam que as memórias utilizadas no experimento não eram traumas pessoais, mas sim associações condicionadas.


Avanços e limitações: o que o futuro reserva?


Embora promissor, o estudo apresenta algumas limitações importantes. Uma pequena amostra e o curto período experimental não permitem generalizações. Além disso, memórias reais, especialmente aquelas relacionadas a traumas profundos, podem ter raízes mais complexas e difíceis de serem modificadas.


A pesquisa, porém, é um passo importante na busca por soluções terapêuticas menos invasivas. Caso fosse possível reduzir o impacto emocional de uma lembrança traumática durante o sono, essa abordagem poderia complementar tratamentos psicológicos, oferecendo alívio a pacientes que sofrem com memórias negativas.


Substituir memórias: o botão de "excluir" está longe de existir


Memórias Ruins
Memórias Ruins

(Foto: Divulgação)


Ainda que os avanços sejam animados, não é possível "deletar" memórias. Eles permanecem armazenados no cérebro, mesmo que se tornem menos acessíveis ou relevantes. Além disso, eventos futuros podem reativar traumas antigos, reforçando a importância de tratamentos contínuos com profissionais de saúde mental.


Enquanto o botão de apagar memórias não chega, fica a lição: busque ajuda psicológica sempre que necessário. A ciência avança, mas cuidar da mente continua sendo um ato essencial para uma vida mais leve.


 

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