A Presença Invisível | Histórias Reais da Síndrome do Terceiro Homem
- Redação neonews
- 14 de mar.
- 3 min de leitura
Fenômeno misterioso chamado de a Síndrome do Terceiro Homem já foi relatado por exploradores e alpinistas em situações extremas
(Foto: Divulgação)
Ao longo da história, diversas pessoas que passaram por experiências de extremo perigo afirmam ter sentido uma presença invisível ao seu lado, oferecendo conforto e guiando-as para a segurança. Esse fenômeno, conhecido como Síndrome do Terceiro Homem, já foi descrito por exploradores, alpinistas e até mesmo sobreviventes de desastres. Embora alguns acreditem que seja um mecanismo psicológico do cérebro sob estresse intenso, há quem interprete a experiência como uma manifestação de um "anjo da guarda".
A seguir, conheça três relatos famosos de indivíduos que sentiram essa presença enigmática durante momentos de vida ou morte.
1. Ernest Shackleton e a Expedição no Ártico
(Foto: Divulgação)
Em maio de 1916, o explorador britânico Ernest Henry Shackleton enfrentou uma das missões mais desafiadoras de sua vida. Seu navio, o Endurance, ficou preso no gelo do Ártico, forçando-o a partir com dois membros da tripulação em busca de ajuda em uma estação baleeira em Stromness.
Durante essa jornada exaustiva pelas montanhas geladas, Shackleton relatou ter sentido a presença de um quarto companheiro invisível ao lado do grupo. “Sei que durante aquela longa e extenuante marcha de trinta e seis horas sobre as montanhas e geleiras sem nome da Geórgia do Sul, muitas vezes me pareceu que éramos quatro, não três”, escreveu ele em sua biografia.
O mais impressionante é que seus companheiros, Tom Crean e Frank Worsley, também experimentaram a mesma sensação. Worsley chegou a afirmar: "Sempre que eu revisava os incidentes daquela marcha, eu tinha a sensação subconsciente de que éramos quatro, em vez de três”.
2. Frank Smythe e o Monte Everest
(Foto: Divulgação)
Em 1933, o alpinista britânico Frank Smythe tentou alcançar o topo do Monte Everest, enfrentando condições climáticas extremas e a solidão da altitude. Inicialmente, ele estava acompanhado por outros escaladores, mas, devido às dificuldades, seus colegas desistiram da subida.
Smythe, determinado a continuar sozinho, começou a sentir uma presença estranha ao seu lado. A sensação era tão intensa que, em um momento, ele chegou a se virar para oferecer comida ao companheiro invisível. Apesar de não ter conseguido chegar ao cume da montanha, ele sobreviveu e mais tarde descreveu sua experiência:
"Todo o tempo em que eu estava escalando sozinho, eu tinha uma forte sensação de que estava acompanhado por uma segunda pessoa. A sensação era tão forte que eliminou completamente toda a solidão que eu poderia ter sentido."
3. Reinhold Messner e a Tragédia no Himalaia
(Foto: Divulgação)
Outro famoso alpinista que relatou a Síndrome do Terceiro Homem foi o italiano Reinhold Messner. Em 1970, ele e seu irmão Günther Messner decidiram escalar a perigosa montanha Nanga Parbat, no Himalaia. Após atingirem o topo, encontraram dificuldades na descida pela Face Diamir.
Foi nesse momento que Messner sentiu uma presença invisível acompanhando-os. Ele descreveu essa experiência em um livro lançado em 2011:
"De repente, havia um terceiro alpinista ao meu lado. Ele estava descendo conosco, mantendo uma distância regular um pouco à minha direita e a alguns passos de mim, fora do meu campo de visão. Eu não conseguia ver a figura e ainda manter minha concentração, mas tinha certeza de que havia alguém lá. Eu podia sentir sua presença; eu não precisava de provas."
Infelizmente, o "terceiro homem" não pôde impedir a tragédia, e Günther Messner morreu durante a descida. Anos depois, Reinhold Messner sugeriu uma nova interpretação para o que vivenciou: “Consegui entender que o terceiro homem era apenas eu me observando de um plano diferente de existência”.
Ciência ou Mistério?
A Síndrome do Terceiro Homem continua sendo um dos fenômenos mais enigmáticos já registrados. Especialistas sugerem que essa experiência pode ser um mecanismo do cérebro humano para lidar com o estresse extremo, proporcionando uma sensação de companhia para evitar o colapso psicológico. No entanto, para aqueles que passaram por esse tipo de situação, a explicação científica muitas vezes não é suficiente.
Seja um truque da mente ou algo além da compreensão humana, a presença invisível já ajudou muitas pessoas a sobreviverem ao impossível.
